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B > FONSECA, Branquinho da

Branquinho da Fonseca - (1905 - 1974)

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António José Branquinho da Fonseca nasceu em Mortágua a 4 de maio de 1905. Desde o seu nascimento até à sua morte, a 7 de maio de 1974, Branquinho da Fonseca presenciou três grandes mudanças de regime em Portugal: em 1910, a transição da Monarquia para a República; em, 1926 a instauração da Ditadura; e em 1974, pouco dias antes da sua morte, a revolução do 25 de Abril que abriria caminho à instauração da democracia.

Inserido nesse contexto histórico, Branquinho da Fonseca frequentou os primeiros anos escolares em Lisboa, mas foi em Coimbra que se formou em Direito e se efetivou na vida literária.

De todas as dinâmicas de caráter cultural em que ele diretamente envolvido, vale a pena aqui citar duas: a primeira ocorre em 1927, quando, juntamente com José Régio e João Gaspar Simões, Branquinho da Fonseca funda aquele que seria um dos mais importantes projetos culturais do seu tempo: a revista Presença. Sua colaboração na revista literária durou três anos; em 1930, ano em que termina a sua licenciatura, Branquinho da Fonseca anuncia o seu afastamento da codireção da revista. O motivo, manifestado publicamente, era a vontade de preservar a independência de espírito e a liberdade de criação, considerando o rumo academizante e acomodado tomado pela revista.

A segunda grande experiência cultural vivida por Branquinho da Fonseca foi a pioneira experiência realizada em Portugal, no domínio das bibliotecas itinerantes. A implantação desse serviço, idealizado por Branquinho da Fonseca, possibilitou o empréstimo domiciliário e a fruição do livro em regiões afastadas dos centros urbanos. A convite da Fundação Gulbenkian, convidou-o para organizar e dirigir o Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas, a partir de 1958, de que foi diretor até à sua morte.

Como escritor, experimentou vários modos e gêneros literários, desde a poesia lírica (Poemas, 1926; Mar coalhado, 1932; Poesias, 1964); passando pelo drama (Posição de guerra, 1928; Teatro I, 1939); e sobressaindo na prosa narrativa, com contos, novelas e romances: Zonas (1931), Caminhos magnéticos (1938), O Barão (1942), Rio turvo (1945), Porta de Minerva (1947), Mar santo (1952) e Bandeira preta (1956). Muitos dos seus textos foram assinados sob o pseudónimo de António Madeira, uma prática comum de seus contemporâneos.

 

Personagem no Dicionário:

Barão (O Barão)

                                                                                                                                                                                     

                                                                                                                                                                                     Raquel Brandão do Sêrro