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G > GERSÃO, Teolinda

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Teolinda Gersão - (1940-...)

       Teolinda Gersão nasceu em Coimbra, a 30 de janeiro de 1940. Estudou Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Univ. de Coimbra; posteriormente, aprofundou a sua formação em Tübingen e em Berlim, tendo sido leitora de Português na Universidade Técnica de Berlim. Prosseguiu a carreira académica na Universidade de Lisboa e, mais tarde, na Universidade Nova de Lisboa, onde se jubilou como professora catedrática. Viveu no Brasil dois anos (São Paulo) e também em Moçambique, nos anos finais do colonialismo.

       A produção literária de Teolinda Gersão inicia-se com O Silêncio (1981), livro que lhe valeu o Prémio P.E.N. Clube Português de Narrativa. Depois disso, publicou, entre outros títulos, Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo (1982), Os Guarda-Chuvas Cintilantes (1984), A Casa da Cabeça de Cavalo (1995), A Árvore das Palavras (1997), Os Teclados (1999), Os Anjos (2000), Histórias de Ver e Andar (2003), A Mulher que Prendeu a Chuva (2007), A Cidade de Ulisses (2011), Passagens (2014), Alice e Outras Mulheres (2020), O Regresso de Júlia Mann a Paraty (2021) e Autobiografia não escrita de Martha Freud (2024).

        A obra de Teolinda Gersão, distribuída sobretudo pelo romance, pela novela e pelo conto, está traduzida em cerca de 20 países; foi objeto de adaptações ao teatro e ao cinema, tendo sido distinguida por importantes prémios literários, em Portugal e no estrangeiro, com destaque para: Grande Prémio de Romance e Novela da APE, Prémio da Crítica do Centro Português da Association Internationale des Critiques Littéraires, Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, Prémio Máxima de Literatura, Prémio Ciranda, Prémio Fernando Namora e Grande Prémio de Literatura DST.

       Na produção literária de Teolinda Gersão, a instância do feminino surge conjugada com a consciência de que, pela sua mediação, se representam temas e valores que remetem para a revisão do estatuto da mulher enquanto componente emblemática de um mundo em mudança. A problemática do tempo, as tensões masculino/feminino, o direito à palavra, o conflitos de mentalidades e de gerações e o motivo da casa atravessam diversos relatos de uma escritora que não só subverte a temporalidade própria do diário (em Os Guarda-Chuvas Cintilantes, 1984), como revela também os dotes de uma contista de talento (por exemplo, em Histórias de Ver e Andar, 2003).

        Personagens no Dicionário

       Amélia (A árvores das palavras)

       Gita (A árvore das palavras)