Valter Hugo Mãe nasceu em Angola, em Henrique de Carvalho (atualmente Saurimo), a 25 de setembro de 1971. É licenciado em Direito e pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea, pela Faculdade de Letras do Porto.
Em 2007 atingiu o reconhecimento público com a atribuição do Prémio Literário José Saramago, pelo romance o remorso de baltazar serapião. A este seguiram-se, no campo da narrativa ficcional, diversos títulos, em geral acolhidos favoravelmente pela crítica e amplamente contemplados pelo favor de um público cada vez mais numeroso. Merecem destaque: o apocalipse dos trabalhadores (2008), a máquina de fazer espanhóis (2010), O Filho de Mil Homens (2011), A Desumanização (2013), Homens Imprudentemente Poéticos (2013), As Doenças do Brasil (2021) e Deus na Escuridão (2024). Neste último conta-se uma história de falta e carência, a fome, a existência precária e constante risco de vida, em conjugação com os temas da fraternidade e da insularidade, tudo sob a vigilância protetora de um Deus oculto.
Nos mais de 30 títulos da autoria de Valter Hugo Mãe incluem-se volumes de contos, de literatura infantil, de poesia e de antologias poéticas, neste caso como coordenador. Para além do já referido Prémio José Saramago, recebeu outras importantes distinções, designadamente o Prémio Almeida Garrett, o Prémio Portugal Telecom (pelo romance A máquina de fazer espanhóis) e o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (atribuído a Contra mim).
Valter Hugo Mãe está publicado e traduzido em mais de uma dezena de países e idiomas.