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SEREJO. Lina. Três Retratos Femininos em Os Maias

SEREJO. Lina. Três Retratos Femininos em Os Maias

 

Dissertação de Mestrado em Estudos Portugueses Interdisciplinares publicada no Repositório Aberto da Universidade Aberta de Lisboa, 2001.

Resumo: Este trabalho analisa três personagens femininas de Os Maias, de Eça de Queiros, verdadeiramente notáveis pela coragem e determinação com que lutam pela mudança dos seus destinos, mesmo que para isso tenham de praticar adultério: Maria Monforte, Maria Eduarda e a Condessa de Gouvarinho. Através do adultério, Maria Monforte insurge-se contra as normas discriminatórias de uma sociedade que ao homem tudo permite, mas que espartilha a liberdade de acção da mulher, os seus sentimentos e emoções. Ela mostra a sua independência face à mesquinhez de todos aqueles que, por viverem presos à aparência, não consumam as suas paixões. Embora não consiga legitimar as suas relações, Maria Eduarda não é uma mulher fácil e inconstante. É a força das circunstâncias e a necessidade de sobrevivência que a atiram sucessivamente para os braços de dois homens que não ama. Quando encontra a verdadeira paixão, avassaladora e sem limites, o seu passado estigmatiza-a. No entanto, detentora de uma forte consciência moral, luta até ao fim para provar que é uma “boa mulher”. A Condessa de Gouvarinho, presa num casamento por conveniência, é notável pela irreverência e audácia que revela no jogo de sedução em que envolve Carlos da Maia. Apaixonada, luta com tenacidade por uma relação que alie o amor ao prazer físico, provando estar à frente da sua época. Para ela o adultério é a única forma de saciar o desejo, por isso ela se apresenta sempre picantemente tentadora. Estas personagens mostram bem a força da mulher oitocentista que tenta libertar-se dos rígidos códigos que a oprimem.

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