Artigo publicado In: Convergência Lusíada, n.º 35, janeiro/ junho de 2016, pp. 126-136.
Resumo: A par da trilogia autobiográfica (composta por Memória de elefante, Os cus de Judas e Conhecimento do inferno), de António Lobo Antunes, Sôbolos rios que vão é também uma espécie de sublimação, uma vez que, compreendendo o fenómeno da criação artística, se trata de um livro autobiográfico. Contudo, o que há de comum em todos eles é que a própria escrita é uma prática fantasmática, por vezes contaminada por uma afetiva dificuldade de expressão à qual se junta uma figuração peculiar do real. Este movimento cria um cenário de repetição e de (con)fusão entre o que se considera ser ficção e o que se transforma em ficção.
Palavras-chave: António Lobo Antunes; personagem; fantasma; real e invenção; morte e vida.