Autor: Flavio García
Artigo publicado em Brumal. Revista de Investigación sobre lo Fantástico, Vol. IV, n.° 1 (primavera/spring 2016): 173-188.
Resumo: O escritor português Mário de Carvalho, ainda que, tanto através de seus seres de papel, nomeadamente em Casos do Beco das Sardinheiras, quanto de respostas em entrevistas que deu, referindo, por vezes, às vertentes do realismo mágico latino-americano,que estiveram em voga no inicio da segunda metade do Século XX, e à sua necessidade de abandonar o território da «literatura menor», em que se via, tenha anunciado seu afastamento da literatura fantástica, ele, de fato, nunca conseguiu fazê-lo. Com idas e vindas, passagens ao largo, tangenciamentos, disfarçatez e fingimentos, o escritor acaba por vir produzindo uma obra ficcional que se pode dizer representante dos novos discursos fantásticos, aqueles que se manifestam nas vertentes do fantástico moderno ou contemporâneo. Em Casos do Beco das Sardinheiras (1ª edição, 1982), Mário de Carvalho elabora mundos possíveis imersos no insólito ficcional,com espaços, tempos, personagens e ações incoerentes com os padrões arquitetônicos do sistema semio-narrativo-literário real-naturalista, fissurando, fraturando, rompendo com os paradigmas do senso comum instituído e estatuído. [...]
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